sábado, 25 de dezembro de 2010

O poder que eu não quero ter

Renato Olívio

As terras de Pasmado-MG representam tudo o que eu sempre soube a respeito de sentido literal. Quem visita essas terras, sai com uma sensação de horror, tristeza, incapacidade e impotência. Pasmado. Quem somos nós para decidir quem merece receber uma feirinha, uma trouxa de roupas, um brinquedo, ou até mesmo potinhos plásticos? Quem somos nós pra decidir quem será agraciado na véspera do Natal? Este é um poder que não quero ter. Decidir quem vai ter o que comer nos próximos dias, e ao mesmo tempo decidir quem não vai. Não somos deuses. Não temos esse poder.



No final das contas, apesar de tudo, saímos felizes dessa terra sabendo que fizemos o que estava ao nosso alcance e por conhecer o que é um verdadeiro pagador de promessas. Carregar uma cruz, por mais do que três anos até então, nunca passou pela minha cabeça. A força de vontade de um verdadeiro pagador de promessas não tem limites.

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